Eu vaguei por tantos túneis,
Tantos planetas e sombrios pântanos.
Todas as esferas vieram e se foram como toque de mágica.
Passei por estradas estreitas, trilhas pedregosas,
fontes que pararam de jorrar.
Avistei teias que prendiam sonhos, semeavam medo
e lustravam mentiras para o vento levar.
E foi assim, neste meio, que vi estrelas ao longe.
Contemplei o universo radiante se abrindo um só instante,
Pronto pra me encontrar.
Desse modo foi quase simples compreender tudo ruir e depois
recomeçar.
Foi fantástico ver pouco a pouco,
todas as coisas se reencontrando, voltando a seu lugar.
E sem temor, ouvir, quase sutil, o salto silencioso ao
abismo das novidades...
E agora sem nome, sem corpo, só alma,
Somente o segundo que acalma,
Pairar na imensidão do ser, cedendo ao tempo, ocasião de se
lançar.