27.8.07

.:: É só mistério, não tem segredo! ::.



"Só não se perca ao entrar no meu infinito particular!" *


Particularmente...
Você abre de repente uma porta,
Quase um portal,
Para um mundo todo e todo o mundo!
E uma parte do mundo te descobre
E você também se descobre como um pedaço do mundo.
E o mundo parece bem menor
E as pessoas bem maiores e melhores.
E você é capaz de sentir saudades de um rosto que nunca viu,
De uma voz que nunca ouviu,
De um abraço que nunca deu...
E você então, pode pensar um dia inteiro num mundo que não é seu...
Mas que agora, sorrateiramente, invariavelmente... faz parte do seu!
E pode então compreender que a professora da alfabetização tinha razão sobre a junção das letrinhas e o [bom] som que poderiam produzir...
E agora você percebe quase de forma cristalina o valor de cada palavra e o som que podem produzir dentro de alguém e dentro de você mesmo!
E observar o sentir escondido atrás de fibras opticas...
E pode perceber o valor de cada benção...
De cada pessoa
De cada mundo diferente do seu,
Que de forma substancial você quer fazer parte!
E pode então compreender que pode sim ter muito mais a oferecer...
E compreende que existem funções de existência que estão além do que se pode ver.
E percebe toda magia
E sabe que no fundo é só mistério, não tem segredo!
E você acaba toda uma reflexão agradecendo por ser humano
E pelo ser humano
E pela existência do silêncio que você ainda é capaz de ouvir!
E pelo que um dia, quem sabe, pode vir a ser!

"Eis o pior e o melhor de mim,
O meu termômetro, o meu quilate!" *


(* Música: Infinito Particular - Marisa Monte)

15.8.07

.:: Tempo ::.




"Tempo, tempo, mano velho...
Falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio!"



:::PRÓLOGO:::
Quando o poeta disse que o tempo não iria parar, blasfêmias soaram pelo ar
E eu que nem era nascido, pude ouvir ainda mergulhado no líqüido amniótico...


Houveram rumores...
Trágicos rumores...

E agora é tudo novo de novo!!!

Houveram manifestações impiedosas...
Fatais opiniões...
E agora é ver anoitecer e amanhecer...
Numa meta que é morfose,
Numa lua que às vezes é minguante
E quando vem cheia
É branca e inteira.
E quando não vem
É solidão e sonhos a desbravar...
São olhos,
Só olhos...
Olhos fechados,
Ora abertos
Ora cegos...


:::EPÍLOGO:::
E depois que nasci, passei a renascer...
Vendo o tempo manipulado nas mãos que eram minhas,
Um dia após o outro... ouvi o silêncio da transformação
E a brisa incorrupta que transforma e forma a ação!