25.8.11

.:: A lógica do tempo ::.


Remexendo no baú do tempo, dei conta de encontrar sonhos há muito perdidos

Palavras proferidas um dia, numa estrada já esquecida

E ao renovar o olhar sobre o antigo dei por falta o que não passou

Dei por sonho o que se realizou

E dei por findo o que nunca acabou.

Todo o tempo que se esvai cai calmamente da minha mão

Escorrega como areia fina e branca em dia de verão...

É tempo de recomeçar o perdido, esquecido, acabado

Tempo de condenar o solto vento à palma da minha mão

Tempo de vestir novos olhares e descansar da escuridão.

Tempo, tempo...

Se esvai calmamente como um canção.

Dá-me impressão de choque de intuição

Esse tempo de re-imprimir velhas impressões.

Tempo de entender as predileções

Tempo de reviver o que é novo em antigas direções.