Remexendo no baú do tempo, dei conta de encontrar sonhos há muito perdidos
Palavras proferidas um dia, numa estrada já esquecida
E ao renovar o olhar sobre o antigo dei por falta o que não passou
Dei por sonho o que se realizou
E dei por findo o que nunca acabou.
Todo o tempo que se esvai cai calmamente da minha mão
Escorrega como areia fina e branca em dia de verão...
É tempo de recomeçar o perdido, esquecido, acabado
Tempo de condenar o solto vento à palma da minha mão
Tempo de vestir novos olhares e descansar da escuridão.
Tempo, tempo...
Se esvai calmamente como um canção.
Dá-me impressão de choque de intuição
Esse tempo de re-imprimir velhas impressões.
Tempo de entender as predileções
Tempo de reviver o que é novo em antigas direções.