15.3.10

.:: Implosão ::.



Alguns olhos se abrem pra um novo dia,

E outros pra um dia novo passar...


E ele transpassa com cara de velho, usado, antigo e sem cor...


Alguns dias os olhos são como armas de guerra,

As mãos como finas facas

E velhos timbres como espadas afiadas...


Outros dias nem dias são...


E um silêncio soa implodindo como bomba

Desmoronando o sereno de dentro...


E a liberdade se faz prisão!

8.3.10

.:: Aridez ::.



Calcando o chão duro predizendo o caminhar dolorido não é fácil omitir a dor e sorrir.

É lançar-se ao passo, deixando por terra o cansaço e a desolação...

É se permitir solidão.


Olhando o lado é vestir-se escarlate, perfumar-se...

Abster-se de gracejos, louvores, supérfluos e tudo que é frívolo.

Sentar-se no chão.


E na caminhada árida e espessa contemplar pela fresta acamurçada uma luz.

Saber-se senhor e senhora das sujeições particulares, de novas modalidades,

Para finalmente alcançar a redenção!



É um erro querer medir a nossa devoção através das consolações que experimentamos.

A verdadeira piedade no caminho de Deus consiste em ter uma vontade resoluta de fazer tudo que Lhe agrada“.

(São Francisco de Sales)