29.11.09

.:: Silêncio ::.

Guarda-te então de toda vã palavra,

toda ela que a rigor ou sem ele

sem amor ou com ele

possa ser proferida, mas julgas que vã seja.


Guarda-te então.

Faz do hoje teu companheiro

E do silêncio da boca um escudeiro

Para guardar como tumba teu segredo


Guarda-te, faz-te são

Silencie mesmo esmagando,

Não entorpeça a intenção

Se no meio do falar, o sonho se torna vão.


Somente guarda-te!

25.7.09

.:: Sagrado ::.

O sagrado que há em mim brota devagar
com raízes profundas no que é mais impuro e vazio
se alimenta num caule úmido de dor e medo, sombrio
e transparece o belo, o limpo, o calmo... por um fio.
lótus de mim é como lótus do mundo,
nasce da união de elementos essenciais.
lótus de mim é como lótus de ti,
esperando calmamente o desabrochar do puro.
lótus de mim é como lótus do mundo,
calado e obscuro, buscando o mais escondido e menos encontrado.
o segredo silencioso,
onde mora o sagrado.

24.7.09

.:: Mortal de alma eterna ::.


Essa noite não durmi bem, mas foi por culpa minha, deitei cedo demais, e na madrugada tive grandes idéias... elas se manifestam com graciosidade neste horário, assim como os dilemas problemáticos do meu ser.
Visto que sou um ser pensante, hoje me pego entre decisões a longo prazo que devem ser tomadas hoje, ridicularizando todos os meus fortuitos meios de organização.
Ahhh, são tantos entraves que me fazem pensar que está no momento de voltar a terapia... será?
Bem, o fato mesmo é que o álcool continua subindo e as contas vencendo, detalhes oportunos pra quem quer fugir do assunto.

Acordando com vontade de trabalhar e preguiça de fazer planos, vejo que aquele santo tem razão sobre orar e trabalhar, ocupam tanto tempo e espaço que se não alcançarmos a santidade, alcançaremos a sublimação perfeita e um “time” reserva pra tirar o time de campo até achar alguém pra querer retomar a partida.

É, e o álcool continua subindo de preço...
Mas em contraponto o IPI reduziu e eu até tenho uma geladeira nova que faz gelo super rápido... é bom que congela, né...

Então depois de ter aprendido a escolher e querer, a nova tarefa é abrir mão ou simplesmente arrumar uma gaveta de papéis... sublima do mesmo jeito. Até o ponto de entediar, daí você desarruma tudo de novo pra arrumar!


Vou é trabalhar, sabe, você fica aí lendo e nada mais tem a fazer, já 'tá no beco da santidade.
E eu? Eu não, eu sou só uma mortal de alma eterna.

25.6.09

.:: Pra dizer do amor que não vi e senti ::.

Toda noite agora é sonho...
É sonho invisível, insondável, irreconhecível e ininterpretável!
E aí tem o acordar com um pouco mais de sonho e sono,
um pouco de tempo a menos pra um dia a mais.
Mas o pensamento é todo dia e toda hora,
Hora de relógio de sol, de fuga, de teu olhar...
E só faz demorar a passar;
pensamento de mim, de você.

E no fim do dia, um outro sonho, tão igual e irreconhecível como teu rosto distorcido que tenho medo de não amar mais...

Se mudar?
Só mudança pra aprender a olhar pras profundezas do inconsciente que te produz até no descanso.
Se sumir?
Só sumiço pra eu falta sentir de mim através de ti.
Se voltar?
Só volta pra ver o rever retornar.
Se correr?
Só parar pra observar a alma vagar.

Mas bem ali, ao acordar, está uma máscara no espelho, com sono, sem medo, repetindo o desejo de entender o que o retorcido da imagem do sonho não esconde...

O querer! [A dizer do amor que não vi e senti]

17.6.09

.:: Corpo ::.


É interessante como o corpo reage sem medo a tantos vai-e-vem que a vida dá!

É imediato!

A gente finge, mente, some, esconde... mas o corpo não oculta, ele arrebenta a corda e espera ver cair!

E a gente cai!


É curioso analisar a insastifação, a falta, o querer, o não querer, por um ponto de vista bilógico de um corpo cheio de alma...


A gente nota que é simples:

_ Faça o correto e o correto fará você!


Ou pague pra ver!