Por quê?
Porque sou mulher fácil,
Dessas que não resiste,
Não desiste,
Se lança na vida com veia inflamada,
Se joga no abismo sem medo e sem ar.
Sou dessas mulheres que não almejam,
Que desejam com o ardor de sol de verão,
Que vêem frações de segundos em forma de eternidade
E percebem o muito se desfazendo em tão pouco, pra um tanto
mais.
Sou dessas mulheres,
Que se vestem de vontade e no vai e vem das inverdades,
Abraçam o destino
E sabem que até ele, tão seguro e rico,
Com leveza de vento distraído, num momento se desfaz.