8.7.11

.:: Di-vagar! ::.


Eu ando devagar e noto, que muitas horas minhas são menos horas que de outros.

Percebo que meu andar atarefado de forma incerta acerta no que vai devagar.

O meu caminhar é sozinho e tem companhia de sombras diversas de um tempo remoto.

Meu agitar constante de vulcão, esconde incorrupto a lava incandescente que desce....

V

A

G

A

R

O

S

A

M

E

N

T

E

Destruidor!

Meu passado é pressagio do antigo-novo-velho-intacto.

Por acaso, noto que o acaso anda a me espreitar.

Alcoviteiro vem devagar e se lança, faz uma dança e tenta me alcançar.

Eu

E

S

C

O

R

R

O

Devagar!

E me olho por uma fresta de uma porta e encontro menos de hoje e tudo de ontem reconfigurado.

Meus sonhos são alados, mas as palavras me reorganizam.

Ora minha, ora de outro.

Poetizam...

É quase inadequado algum pranto, que parece estar aqui.

Oculto entre véus, céus, léus, em algum canto.

Canto escondido bem claro e em alta voz.

Voz macia e leve de dentro que nina minha alma de fora, as vezes sem acento.

Me assento.

Me centro.

E num instante, tudo a recomeçar...

Porque ainda que tudo corra,

Que o mundo morra,

Apressadamente eu ando a d i v a g a r . . . .