Eu ando devagar e noto, que muitas horas minhas são menos horas que de outros.
Percebo que meu andar atarefado de forma incerta acerta no que vai devagar.
O meu caminhar é sozinho e tem companhia de sombras diversas de um tempo remoto.
Meu agitar constante de vulcão, esconde incorrupto a lava incandescente que desce....
V
A
G
A
R
O
S
A
M
E
N
T
E
Destruidor!
Meu passado é pressagio do antigo-novo-velho-intacto.
Por acaso, noto que o acaso anda a me espreitar.
Alcoviteiro vem devagar e se lança, faz uma dança e tenta me alcançar.
Eu
E
S
C
O
R
R
O
Devagar!
E me olho por uma fresta de uma porta e encontro menos de hoje e tudo de ontem reconfigurado.
Meus sonhos são alados, mas as palavras me reorganizam.
Ora minha, ora de outro.
Poetizam...
É quase inadequado algum pranto, que parece estar aqui.
Oculto entre véus, céus, léus, em algum canto.
Canto escondido bem claro e em alta voz.
Voz macia e leve de dentro que nina minha alma de fora, as vezes sem acento.
Me assento.
Me centro.
E num instante, tudo a recomeçar...
Porque ainda que tudo corra,
Que o mundo morra,
Apressadamente eu ando a d i v a g a r . . . .