Era sala em tempo de espera,
Nela, uma lágrima pendurada no varal,
Era uma dor...
Era pra secar...
Mas o vento era tanto que a fazia lacrimejar
Mas era pra secar...
Era uma dor revestida de cristal,
Pendurada em pregador maciço...
Era uma dor translúcida;
Mas pra secar, não bastava o sol...
Era uma lágrima pendurada no varal!
Não tinha dono, não tinha história,
Mas tinha um sinal:
O vazio do pregador virado, bem ao lado;
Era uma esperança seca, que ainda úmida aguardava
O único destino conhecido de uma lágrima,
Antes de seu doloroso final!